caminhos cruzados

E se foi. Passou correndo, o tempo, não quis esperar.
Voou. Como os passos dados, as cegas. Não percebeu, e quando se viu passaram-se meses.
O falatório na orelha, tanta opinião alheia. Esqueceu-se da essência. Perdeu-se no querer. Apoiou-se. Grunhiu. Perdeu-se no próprio drama sem sentido. Arrependeu-se, dos grunhidos, de não ter percebido.
Que tudo estava ali, bem diante dos olhos. Mas os olhos miravam o horizonte. Não percebeu o presente. O presente tornara-se passado, e já. Fora-se o tempo em que parecia que a vida lhe sorria mas ela esqueceu de sorrir de volta. Agora sorri sozinha.
Eram duas almas, no mesmo caminho. Cruzaram-se, enrolaram-se, seguiram.





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